Como revisar melhor matéria do Enem

debora-ribs-miniatura-postNos últimos dias voltamos ao ano letivo nos colégios em que leciono. nas reuniões podíamos ver a tensão em torno dos resultados do Enem. Há uma cobrança muito grande, uma competição nada saudável que faz com que professores não rendam o suficiente e alunos vivam estressados. Tudo isso porque querem ver quem vai melhor no Enem. Não entro nessa pilha porque sei que isso depende da escola, mas muito mais do aluno que se prepara adequadamente. Por isso mesmo sempre pesquiso e levo materiais diferentes e interessantes para eles como este e-book de revisão para o Enem. O legal é que os alunos podem fazer isso em qualquer lugar justamente porque é uma seleção de artigos e links que ajudam muito no estudo para o Enem.

Aproveite e faça estes nossos exercícios que ajudarão a treinar mais para interpretação de textos.

Lista selecionada de exercícios de interpretação

TEXTO XVII

Se essa ainda é a situação de Portugal e era, até bem pouco, a do Brasil, havemos de convir em que no Brasil-colônia, essencialmente rural, com a ojeriza que lhe notaram os nossos historiadores pela vida das cidades - simples pontos de comércio ou de festividades religiosas -, estas não podiam exercer maior influência sobre a evolução da língua falada, que, sem nenhum controle normativo, por séculos “voou com as suas próprias asas”.

(Celso Cunha, in A Língua Portuguesa e a Realidade Brasileira)

79) Segundo o texto, os historiadores:

a) tinham ojeriza pelo Brasil-colônia.

b) consideram as cidades do Brasil-colônia como simples pontos de comércio ou de festividades religiosas.

c) consideram o Brasil-colônia essencialmente rural.

d) observaram a ojeriza que a vida nas cidades causava.

e) consideram o campo mais importante que as cidades.

80) Para o autor:

a) as festas religiosas têm importância para a evolução da língua falada.

b) No Brasil-colônia, havia a prevalência da vida do campo sobre a das cidades.

c) a evolução da língua falada dependia em parte dos pontos de comércio.

d) a evolução da língua falada independe da condição de Brasilcolônia.

e) a situação do Brasil na época impedia a evolução da língua falada.

81) A palavra “ojeriza” (/. 3) significa, no texto:

a) medo

b) admiração

c) aversão

d) dificuldade

e) angústia

82) A língua falada “voou com as suas próprias asas” porque:

a) as cidades eram pontos de festividades religiosas.

b) o Brasil se distanciava lingüisticamente de Portugal.

c) faltavam universidades nos centros urbanos.

d) não se seguiam normas lingüísticas.

e) durante séculos, o controle normativo foi relaxado, por ser o Brasil uma colônia portuguesa.

83) Segundo o texto, a população do Brasil-colônia:

a) à vida do campo preferia a da cidade.

b) à vida da cidade preferia a do campo.

c) não tinha preferência quanto à vida do campo ou à da cidade.

d) preferia a vida em Portugal, mas procurava adaptar-se à situação.

e) preferia a vida no Brasil, fosse na cidade ou no campo.

Gabarito dos exercícios

79) Letra d

Há três alternativas com o verbo considerar. As três podem ser eliminadas, uma vez que o texto não diz que os historiadores consideram alguma coisa. Esse verbo implica algum tipo de julgamento, o que não ocorre em nenhum momento. Diz, sim, que eles notaram a ojeriza que havia pela vida nas cidades, isso porque o Brasil-colônia era essencialmente rural. A alternativa a é descabida. Por isso, o gabarito só pode ser a letra d.

80) Letra b

O fato de o Brasil-colônia ser, segundo o texto, essencialmente rural leva à conclusão lógica de que a vida do campo prevalecia sobre a da cidade.

81) Letra c

Questão de sinônimos. Não há o que discutir. Na dúvida, consulte-se o dicionário.

82) Letra d

É importante, sempre, buscar no próprio texto os elementos necessários para se chegar à resposta da questão. Observe que a letra e, que parece ser a resposta, fala de um controle normativo da língua que i teria sido relaxado por ser o Brasil uma colônia de Portugal. Há aqui uma informação que não encontramos no texto, e nem pode ser deduzida. O que se encontra é que as cidades, por serem simples pontos de comércio ou de festividades religiosas, não podiam influenciar a evolução da língua. Assim sendo, as pessoas não seguiam normas lingüísticas ao se expressarem, e a língua passou a voar com as próprias asas. Por isso, o gabarito deve ser a letra d.

83) Letra b

Esta questão depende, um pouco, do emprego do verbo preferir. A letra c diz que a população não tinha preferência quanto a viver no campo ou na cidade. O texto diz que ela dava preferência à vida no campo. As duas últimas opções também podem ser eliminadas pelo mesmo motivo: na letra d, a preferência seria pela vida em Portugal, enquanto na letra d, pela vida no Brasil; não há esse tipo de comparação no texto. Nas letras a e b, o verbo preferir aparece usado em frases na ordem inversa. Em ambas, a palavra vida está subentendida, depois do pronome demonstrativo “a”. Colocando na ordem direta a frase da opção b, teríamos: preferia a (vida) do campo à vida da cidade. Ou seja, gostava mais da vida do campo do que da vida da cidade, que é exatamente o que diz o texto. Cabe aqui uma outra observação. O objeto direto do verbo preferir é a coisa de que se gosta mais, que se prefere. Por exemplo: prefiro o futebol ao vôlei. O futebol, que é o objeto direto, é a coisa preferida.

Atividade com poema e pronomes

exercício-descomplica-é-bom-enemVamos desenvolver nesta prova algumas questões referentes ao estudo dos pronomes. Eles além de desempenharem um papel coesivo, atuam na concisão do texto fazendo com que ele não fique muito repetitivo. Através do uso dos pronomes pessoais do caso reto e também do caso oblíquo veremos questões ligadas ao domínio do sentido que, no caso dos alunos que farão o Enem,são importantíssimo.

Lista de exercícios

1 - Leia o Poema.

TRÊS IDADES

A vez primeira que te vi,

Era eu menino e tu menina.

Sorrias tanto... Havia em ti

Graça de instinto, airosa e fina.

Eras pequenas, eras franzina...

Quando te vi segunda vez,

Já eras moça, e com que encanto.

A adolescência em ti se fez!

Flor e botão... Sorrias tanto...

E o teu sorriso foi meu pranto...

Manuel Bandeira. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1993.

a) Quem é que fala no poema?

b) Retire do texto o pronome pessoal que se refere ao menino.

Esse pronome indica:

( ) a pessoa que fala (1ª pessoa).

( ) a pessoa com quem se fala (2ª pessoa)

( ) a pessoa de quem se fala ( 3ª pessoa)

2 – Copie os outros pronomes pessoais presentes no texto.

3 – Complete os espaços com a forma pronominal adequada, dos parênteses.

a) O diretor conversou _______________________________ todos. (com nós – conosco)

b) Irei jantar _________________ na próxima semana. (com você – consigo)

c) Entre ______________ e ela não há mais nada. (eu – mim)

d) Deixe ___________________ executar a programação. (eu – mim)

e) Trouxeram o disco para ____________? (eu – mim)

f) Repare que de ____________________ depende a solução do caso. (si – você)

4) Assinale o item em que houve erro no emprego do pronome de 1a pessoa, pois usou-se a forma oblíqua no lugar da reta:

A) Vieram até mim rapidamente
B) É cedo para mim dar a resposta
C) Para mim ele é o maior
D) Ela chegou antes de mim

Justifique sua resposta.

5 – Em todas as frases abaixo, a palavra em negrito é numeral, exceto em:

a) Ele só leu um livro este semestre.

b) Não é preciso mais que uma pessoa para fazer este serviço.

c) Ontem à tarde, um rapaz procurou por você?

d) Você quer uma ou mais caixas deste produto.

Justifique sua resposta.

6- Marque apenas as frases nominais.

a) Encantadora a menina.

b) O sol surgiu radiante.

c) Ninguém viu o acidente.

d) Que noites difíceis!

e) Maravilhoso o lugar.

7 – Transforme as frases verbais em nominais.

a) O dia está quente. O movimento é intenso. Homens, mulheres e crianças andam pelas calçadas. Os carros, nas ruas, buzinam.

b) A população comemora na praça: grande era a festa, o amarelo da camisa da seleção era o mesmo amarelo das bandeiras que se agitavam.

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10 Atividades de formação de palavras

exercício-enem-interpretacao-descomplica (12)O atual formato do Enem engloba todas as matérias que o estudante aprende durante o ensino médio, dividias por temas em provas de conhecimentos (Ciências Humanas, Ciências da Natureza, Linguagens e Códigos e Matemática) e uma prova de Redação. Uma reforma no ensino médio afetará diretamente o atual modelo do Enem. Porém não se pode afirmar que isso causará o fim de uma iniciativa tão bem sucedida. Aliás, em momento algum o MEC demonstrou sinais de que o Enem vai acabar. Por isso mesmo é que devemos continuar nos preparando da melhor forma possível que é fazendo exercícios e estudando as matérias mais importantes como a redação. O Descomplica é bom para isso porque passa por todos os campos do conhecimento.

Lista de atividades de Português

1 – O que é radical?

2 – Destaque o radical.

Sapo ___________________________________

sentássemos ________________________________________

Pedreira ________________________________

sofrera ____________________________________________

Louvarei ________________________________

sapatinho __________________________________________

Corrida _________________________________

perdido ____________________________________________

Amigo __________________________________

menininha _________________________________________

Amavas _________________________________

terráqueo __________________________________________

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3 – Identifique q vogal temática das formas verbais e a conjunção a que pertence cada verbo.

Estudaram ________________________________

pediram __________________________________________

Calamos __________________________________

comeste _________________________________________

Partistes __________________________________

pensaste _________________________________________

Amava ___________________________________

jogaram _________________________________________

4 – As desinências nominais são usadas para indicar o quê?

5 – Separe os elementos mórficos dos nomes abaixo.

Modelo: altas alt – radical; a – desinência de gênero; s – desinência de número.

Moça

Baixas

Negras

Loira

Meninas

6 – As desinências verbais são usadas para indicar o quê?

7 – Classifique os elementos estruturais das formas verbais.

a) Vendêssemos ____________________________ o tema é ______________

b) sonhavam _______________________________ o tema é ______________

c) partirão __________________________________ o tema é ______________

8 – Identifique os prefixos das palavras

Desleal

ilegal

Exportar

reler

Subchefe

decair

9 – Identifique os sufixos das palavras.

Garotinho vendedor

Civilizar campestre

Sapateiro jeitoso

10 – Forme verbos colocando afixos (prefixos e sufixos) aos nomes.

Noite – rico – gesso – tarde – verde.

Atividade de interpretação de textos para o Enem

Estas são algumas atividades de interpretação de textos para quem deseja ir bem nas provas de Português e chegar ao vestibular preparado para todos os desafios que vier a enfrentar. Neste caso temos também os gabaritos comentados para que consiga ir bem na prova sabendo o que é que errou durante a preparação. Boa sorte.

A mulher foi passear na capital. Dias depois o marido dela recebeu um telegrama:
“Envie quinhentos cruzeiros. Preciso comprar uma capa de chuva. Aqui está chovendo sem parar”.
E ele respondeu:
“Regresse. Aqui chove mais barato”.
(Ziraldo, in As Anedotas do Pasquim)

1) A resposta do homem se deu por razões:
a) econômicas
b) sentimentais
c) lúdicas
d) de segurança
e) de machismo


2) Com relação à tipologia textual, pode-se afirmar que:
a) se trata de uma dissertação.
b) se trata de uma descrição com alguns traços narrativos.
c) o autor preferiu o discurso direto.
d) o segundo período é exemplo de discurso indireto livre.
e) não se detecta a presença de personagens.

3) Com relação aos elementos conectores do texto, não se pode dizer que:
a) dela tem como referente mulher.
b) o referente do pronome ele é marido.
c) a preposição de tem valor semântico de finalidade.
d) A oração “Aqui está chovendo sem parar” poderia ligar-se à anterior, sem alteração de sentido, pela conjunção conquanto.
e) O advérbio aqui, em seus dois empregos, não possui os mesmos referentes.

Respostas

1) Letra a. Ao pedir à mulher que regresse logo, ele pensava que não precisaria comprar uma capa de chuva porque eles já possuem uma, ou que gastaria menos, já que em sua cidade a capa é mais barata. O risco da questão é a presença do adjetivo lúdicas, menos conhecido. É necessário melhorar o vocabulário. Lúdicas quer dizer “relativas a jogos, brinquedos, divertimentos”.

2) A resposta só pode ser a letra c. As duas primeiras estão eliminadas, pois o texto é narrativo. Tanto a fala da mulher quanto a do marido são integrais, ou seja, exemplificam o que se conhece como discurso direto. O autor não usou o travessão, mais comum, preferindo as aspas. A letra d não tem cabimento, para quem conhece o discurso indireto livre. Não poderia ser a opção e, uma vez que o homem e a mulher são as personagens do texto.

3) Gabarito: letra d. As duas primeiras alternativas são evidentes, dispensam comentários. A letra c está perfeita, pois se trata de uma capa para chuva, ou seja, com a finalidade de proteger a pessoa da chuva. A última alternativa também está correta, pois o primeiro “aqui” refere-se à “capital”, onde ela está passeando, e o segundo à cidade do interior, onde se encontra o marido. A resposta só pode ser a letra d porque o relacionamento entre as duas orações é de causa e efeito, pedindo conjunções como pois, porque, porquanto etc. Conquanto significa embora, tem valor concessivo, de oposição. Além disso, seu emprego acarretaria erro de flexão verbal, pois o verbo deveria estar no subjuntivo (esteja), o que não ocorre no texto original.

Estudando a classe de palavras chamada interjeição

Pra quem perdeu o primeiro artigo que escrevi neste blog, aí vai um lembrete. É MUITO importante estudar a classe de palavras denominada interjeições.

Aproveite para fazer bons exercícios visitando o blog EXERCÍCIOS DE PORTUGUÊS.

Lembrem-se de que a interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito:

Ah! - pode exprimir prazer, deslumbramento, decepção.
Psiu! - pode indicar que se está querendo atrair a atenção do interlocutor ou que se quer que ele faça silêncio.


Em alguns casos, há um conjunto de palavras que atua como uma interjeição; são as locuções interjectivas, como:

Valha-me Deus! ou Macacos me mordam!

Outras interjeições e locuções interjectivas podem ser expressão:

a) de alegria: oh!, ah!, oba!, viva!
b) de dor: ai!, ui!
c) de espanto, surpresa: oh!, ah!, ih!, opa!, caramba!, upa!, céus!, puxa!, chi!, gente!, hem?!, Meu Deus!, uai!
d) de chamamento: olá!, alo!, o!, oi!, psiu!, psit!, ó!
e) de medo: uh!? credo!, cruzes!, Jesus!, ai!
f) de desejo: tomara!, oxalá!, queira Deus!, quem me dera!
g) de pedido de silêncio: psiu!, caluda!, quieto!, bico fechado!
h) de estímulo: eia!, avante!, upa!, firme!, toca!
i)   de afugentamento: xô!, fora!, rua!, toca!, passa!, arreda!
j)   de alívio: ufa!, uf!, safa!
l)   de cansaço: ufa!

O que é interjeição e locução interjetiva?

Vamos retomar as definições hoje. Já falei que é importante conhecer as peças de um motor para que o funcionamento do mesmo não seja tão confuso. Isso funciona com as palavras. Interpreta bem um texto quem conhece as partes que o formam.
 
Visite também os blogs de Língua Portuguesa abaixo:
 
 

O que é a interjeição?

 
A interjeição é a classe gramatical de palavras invariáveis que exprimem um estado emotivo. Dependendo do estado emotivo (espanto, alívio, advertência, apelo, afugentamento, dor, lástima, alegria, aplauso, imitação de um som ou ruído, saudação, desaprovação, desejo, indignação, desculpa, pena etc.), as interjeições são classificadas.
 
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O estado emotivo expresso pela interjeição é determinado pela entonação com que é pronunciada. Essa entonação especial é indicada pelo ponto de exclamação. Por exemplo:
  • Ih! o doce estragou.
  • Eh! Rapazes, estudem mais.

Por fim, lembre-se de que locução interjetiva é toda expressão que corresponde a uma interjeição. Por exemplo, ora bolas! ou ai de mim!

Estude interjeição pro vestibular

Nos posts mais recentes que tenho escrito falo abertamente sobre a necessidade de estudar corretamente para o vestibular. Tenho focado niosso porque o ENEM está aí, os vestibulares de meio de ano também. Estudar as classes de palavras é importante na minha opinião. Por isso, abaixo falo mais uma vez sobre a classe de palavras chamada interjeição.
 
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Interjeição é a expressão com que um estado emotivo é traduzido ou sentimentos espontâneos, e repentinos são exprimidos.
 
Exemplo: Ah! Puxa! Raios!
 
INTERJEIÇÃO é a palavra ou a simples voz, ou muitas vezes, um grito, que exprime de modo enérgico e  conciso não já uma idéia, mas um pensamento, um afeto súbito da alma; A interjeição vem a ser a expressão sinética do pensamento, podendo desdobrar-se numa oração, assim:
 
O grito de Socorro! Eqüivale a oração "Acudam-me"
"Caspite! Eqüivale a "Eu admiro".
"Ai! Eqüivale a "Tenho dor".
 
Não é muito importante esta classe de palavra, além da divisão e de algumas notinhas nada mais há que sobre ele dizer.
De todas as exclamações, nenhuma se apresenta como uso tão freqüente e sentido tão variado como a interjeição Oh! Basta modificar o tom de voz para cada caso particular e  denotará, alegria, tristeza, pavor, nojo, espanto, admiração, aplauso, apelo, silêncio, etc.

Os principais tipos de interjeição são aqueles que exprimem:
a) afogentamento: arreda! - fora! - passa! - sai! - roda! - rua! -toca! - xô! - xô pra lá!
b) alegria: ou admiração: oh!, ah!, olá!, olé!, eta!, eia!
c) advertência: alerta!, cuidado!, alto lá!, calma!, olha!, Fogo!
d) admiração: puxa!
e) alívio: ufa!, arre!, também!
f) animação: coragem!, eia!, avante!, upa!, vamos!
g) apelo: alô!, olá!, ó!
h) aplauso: bis!, bem!, bravo!, viva!, apoiado!, fiufiu!, hup!, hurra!, isso!, muito bem!, parabéns!
i) agradecimento: graças a Deus!, obrigado!, obrigada!, agradecido!
J) chamamento: Alô!, hei!, olá!, psiu!, pst!, socorro!
l) desculpa: perdão!
m) desejo: oh!, oxalá!, tomara!, pudera!, queira Deus!, quem me dera!,
n) despedida: adeus!, até logo!, bai-bai!, tchau!
o) dor: ai!, ui!, ai de mim!
p) dúvida: hum! Hem!
q) cessação: basta!, para!
r) invocação: alô!, ô, olá!
s) espanto: uai!, hi!, ali!, ué!, ih!, oh!, poxa!, quê!, caramba!, nossa!, opa!, Virgem!, xi!,
terremoto!, barrabás!, barbaridade!,
t) impaciência: arre!, hum!, puxa!, raios!
u) saudação: ave!, olá!, ora viva!, salve!, viva!, adeus!,
v) saudade: ah!, oh!
x) suspensão: alto!, alto lá!
z) interrogação: hei!...
w) silêncio: psiu!, silêncio!, caluda!, psiu! (bem demorado)
y) terror: credo!, cruzes!, Jesus!, que medo!, uh!, ui!, fogo!, barbaridade!
k) estímulo: ânimo!, adiante!, avante!, eia!, coragem!, firme!, força!, toca!, upa!, vamos!
 
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OBSERVAÇÃO: Como se nota e percebe que a mesma interjeição pode exprimir emoções de sentimentos diversos, segundo , conforme o contexto e a entoação da voz.
Exemplo: Oh! - pode exprimir alegria ou espanto.
 
Por último, qualquer palavra por derivação imprópria, quando proferida em tom exclamativo, transforma-se numa interjeição. Vejam alguns exemplos:
 
a) advérbios: avante!, fora!, alerta!, etc.

b) adjetivos: Boa!, Bravo!, coitado!, apoiado!, etc.

c) substantivo: cuidado!, atenção!, silêncio!, etc.

d) verbos: viva!, Basta!, chega!, pudera!, etc.
 
Atenção existem, não raro, interjeições onomatopaicas, verdadeiras onomatopéias, ou seja, que procuram reproduzir o som provocado por algum fenômeno.

Exemplo: Bumba!, pum!, catapimba!, Zás!

As interjeições são verdadeiras frases implícitas, nada mais que isso. Observe;
Ai = tenho dor!
Atenção = esteja(m) atento(s)!
Silêncio = fique(m) quieto(S)!
Socorro = acudam-me

Fizemos este estudo minucioso sobre interjeição porque a nomenclatura gramatical brasileira (NGB) preceitua e classifica. A interjeição em rigor, não faz parte, propriamente dita, das classes de palavras.
 
Não podemos esquecer de que a interjeição "OXALÁ!" leva o verbo para o modo subjuntivo.
Exemplo:
Oxalá! Ela não se esqueça de mim
Oxalá! Não aumente mais os preços da "Cesta Básica"
 
LOCUÇÃO INTERJETIVA

É a reunião de palavras que eqüivale a um só. "Grupo de vocábulos que formam uma unidade lexilógica correspondente a determinada classe de palavras.

Fonte de pesquisa: "(Dicionário gramatical - Editora Globo S/A - Pág. 109 - 3ª edição - 1962).
 

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As emoções e o uso das interjeições

Quando, em criança, iniciamos os estudos da linguagem, aprendemos a dividir as palavras em categorias gramaticais. Essa divisão, que nos foi legada pelos gregos, é aplicada em todas as línguas ocidentais, dividindo o mundo em categorias, baseadas em Aristóteles. Dionísio de Trácia, gramático grego, aplicou à língua o que o filósofo havia criado. Os romanos, que se utilizaram dos saberes dos gregos, trouxeram-nas para o Latim que as disseminou através de suas conquistas, nas diversas línguas da Europa.
Tudo isso é para dizer que, como os homens, as palavras também possuem uma hierarquização. Substantivos, adjetivos e verbos referem-se a realidades extra-lingüísticas, enquanto as demais valem apenas intramuros, dentro da própria língua, tendo cada idioma suas palavras instrumentais, que nem sempre são as mesmas, nem sequer, às vezes têm correspondente nos demais. É o que acontece com artigos, preposições e conjunções, entre outras.
Mas queremos falar hoje de uma palavra pouco estudada, mas que traduz tão bem e tão rápido nossas emoções e sentimentos. Não chega a ser como dizia Bastos Tigre em relação à saudade: "Palavra doce, que traduz tanto amargor".
É a interjeição, pensada apenas, às vezes como um conjunto de ais, uis e ois, para exprimir dor ou alegria. Até Monteiro Lobato em Emília no País da Gramática, assim as representava. Sua história e seu valor, vão, no entanto, além disso. Estão inscritos na história da própria língua, como vetor da emoção do falante, pois entre as funções da língua está aquela de transmitir as emoções do falante, nem que seja apenas para ele mesmo. Quando damos uma topada, exclamamos impropérios, geralmente interjeições, e dado seu teor, preferimos que ninguém nos ouça.
A língua, ao lado de sua função de comunicar o que pensamos ao nosso interlocutor, possui também a função emotiva ou expressiva, para dar vazão ao nosso sentir, além de representar a realidade objetiva. A interjeição integra o grupo de formas de expressar o que sentimos e não consta apenas de gritos e sussurros. Muitas têm uma história e chegaram à forma abreviada depois de muitos anos de uso. Muitas delas têm uma origem escusa e imprópria, mas dentre as que podemos lembrar estão algumas bem nordestinas como "votes", "oxente" e "vixe".
Votes é formada de "Vou te esconjurar", oxente é a admiração presente em "ó gentes!", Vixe é a invocação à Virgem. Oxalá, homônimo da divindade africana, veio do árabe e significa "pela vontade de Alá".
Epa, eita, opa, upa eram formas de fazer andar os animais de transporte. Essa última adquiriu foros de nobreza ao ser usada por Edu Lobo, na sua bela música “Upa, Negrinho”.
Outras interjeições nordestinas são facilmente compreendidas: priu, soando como apito final, é peia, já com pouco uso, e o nosso pronto, de usos múltiplos.
Muitas outras são de uso nacional e servem como desabafo ou incentivo: Abaixo! Fora! Morra! Viva! Fera! Beleza! Valeu! Uau! Lindo! expressam nossa admiração e entusiasmo, assim como É isso aí! Puxa ou ainda Puxa, vida é a constatação de uma dificuldade.
Cruz! Credo! é para exorcizar ou demonstrar espanto e desaprovação. Oi, pequeno e expressivo, foi encampado como marca de objeto. Chau caiu em nosso gosto, vindo da Itália, do difícil dialeto veneziano. O Sul do País contribui com tchê, à la putcha; São Paulo com ué; Minas com o característico uai. De Portugal, sabemos pouco: apenas ó, pá! e giro que é mais um adjetivo.
Como a interjeição não é estudada e é mais usada na fala, não sabemos os usos das terras onde não vivemos.
Todos sabemos muitas que não vamos aqui repetir e que se originaram de palavrões, alguns até já descontaminados do sentido pejorativo, usados apenas como intensidade.
Assim é a língua, com sua lógica própria: ajuda-nos a expressar o sentimento com uma minúscula palavrinha, que nem sequer é incluída na sintaxe da frase, dizendo com isso mais do que às vezes, uma frase completa.
Fonte: intervox.nce.ufrj.br

O contexto emocional da interjeição

São palavras que expressam estados emocionais do falante, variando de acordo com o contexto emocional.


Podem expressar:
  • alegria - ah!, oh!, oba!
  • advertência - cuidado!, atenção
  • afugentamento - fora!, rua!, passa!, xô!
  • alívio - ufa!, arre!
  • animação - coragem!, avante!, eia!
  • aplauso - bravo!, bis!, mais um!
  • chamamento - alô!, olá!, psit!
  • desejo - oxalá!, tomara! / dor - ai!, ui!
  • espanto - puxa!, oh!, chi!, ué!
  • impaciência - hum!, hem!
  • silêncio - silêncio!, psiu!, quieto!
São locuções interjetivas: puxa vida!, não diga!, que horror!, graças a Deus!, ora bolas!, cruz credo!

Interjeições são invariáveis

As interjeições são palavras invariáveis, isto é, não sofrem variação em gênero, número e grau como os nomes, nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto e voz como os verbos. No entanto, em uso específico, algumas interjeições sofrem variação em grau. Deve-se ter claro, neste caso, que não se trata de um processo natural dessa classe de palavra, mas tão só uma variação que a linguagem afetiva permite. Exemplos: oizinho, bravíssimo, até loguinho.